Cientistas do governo norte-americano descobriram um anticorpo capaz de neutralizar 91% das cepas do vírus HIV, causador da AIDS, informou nesta quinta-feira o Wall Street Journal. A porcentagem de cepas neutralizadas é muito maior do que a de qualquer outro anticorpo conhecido. A descoberta é considerada um avanço para o desenvolvimento de uma vacina para a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).
Os pesquisadores identificaram um total de três poderosos anticorpos. Ao analisarem aquele que foi percebido como o mais forte, os cientistas puderam identificar com exatidão em que parte do vírus o anticorpo age e de que forma ele ataca.
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Os anticorpos foram descobertos nas células de um homossexual afro-americano de 60 anos, conhecido na literatura científica como Doador 45. Os pesquisadores analisaram 25 milhões de células do Doador 45 até descobrirem 12 responsáveis pela produção dos anticorpos.
A produção de uma vacina é considerada pelos cientistas o "Santo Graal" das pesquisas para a cura da AIDS. Outras vacinas capazes de ativar a capacidade de um organismo produzir anticorpos foram responsáveis pela diminuição de casos e até mesmo da erradicação da varíola, da poliomielite e de outras temidas doenças virais.
Segundo Ricardo Shobbie Diaz, infectologista da Unifesp, a descoberta significa um grande avanço, mas é também apenas o começo. "Ainda é preciso descobrir como as pessoas produzirão anticorpos capazes de neutralizar em mais de 90% as variações de HIV. Mas se você conseguir colocar uma vacina dessas na rua, o impacto seria muito grande, a proteção seria muito alta."
O próximo passo é descobrir como estimular as células a produzir esse anticorpo. Só assim a descoberta terá efeito prático. "Mas a chance dela funcionar é muito grande", afirma Diaz.
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