2 de jul. de 2010
Grandes filmes, péssimas sequências
Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, de Andy e Lana Wachowski, 2003) - Matrix (1999) já é um clássico do cinema. Sua estética, as lutas, a ação e, principalmente, sua trama são espetaculares. Quando foram anunciadas as sequências, onde Neo e Morpheus finalmente enfrentariam as máquinas em uma batalha épica, o mundo enlouqueceu.
Veio Matrix Reloaded (2003) e deixou os fãs com a pulga atrás da orelha, muita pancadaria, muitos efeitos e pouca essência, mas ainda havia a esperança de que as dezenas de pontas soltas deixadas pelo segundo filme seriam fechadas no episódio final.
Não foram. O filme praticamente esquece tudo o que havia de bom em Matrix e se transforma em um grande videogame, com cenas de luta intermináveis, personagens que morrem e ressuscitam e diálogos cheio de palavras difíceis que beiram o incompreensível (fato muito bem ironizado nesta paródia da MTV). Isso sem falar da solução dada para o porquê dos poderes de Neo. Saí do cinema bem decepcionado...
Superman IV: Em Busca da Paz (Superman IV: The
Quest for Peace, de Sidney J. Furie, 1987) - Superman, de 1978, elevou os filmes de herói a outro patamar, sem falar que revolucionou ao mostrar um homem voando no cinema de uma maneira perfeita (para a época). O segundo é até legal, com um bom vilão, o terceiro é uma galhofa completa, co-estrelado pelo comediante Richard Pryor. Chegamos ao quarto, onde o astro e roteirista Christopher Reeve tenta fazer um libelo pacifista, usando a paranóia da bomba atômica como mote. Só que nada no filme funciona: trama, vilão, interpretações... Não perca seu tempo.
Piratas do Caribe - No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean: At World's End, de Gore Verbinski, 2007) - Lembro de ter chorado de rir no cinema com o Jack Sparrow, de Johnny Depp, no primeiro filme da série. Piratas do Caribe (2003) tinha um roteiro muito simples, apoiado por boas tiradas e interpretações primorosas de Depp e Geoffrey Rush.
Dois filmes e quatro anos depois, temos uma trama rocambolesca, com milhares de reviravoltas sem sentido, cenas inexplicáveis, como a dos caranguejos, piadas repetitivas e um milhão de personagens que tiram o foco de quem realmente importa (Sparrow e Barbossa). Sem falar que a idéia de transformar a mocinha do filme em uma "motherfucker" é bem contestável.
Tubarão IV - A Vingança (Jaws: The Revenge, de Joseph Sargent, 1987) - Teoricamente, este filme é uma continuação de Tubarão (1975), de Steven Spielberg. Na prática, é outro caso de produtora que não sabe o que fazer com uma franquia famosa. A tagline entrega a tosqueira do filme: "Desta vez.. é pessoal" - isso mesmo, o tubarão está perseguindo pessoas específicas, em uma fúria vingativa assassina. Pobre Michael Caine...
Batman e Robin (Batman e Robin, de Joel Schumacher, 1997) - Eu sei que os primeiros Batmans (1989 e 1992), de Tim Burton, não são filmes espetaculares. Batman Eternamente (1995), de Schumacher, com o Jim Carey absolutamente alucinado, é bem galhofa, mas nada se compara a este Batman e Robin, que não pode ser ignorado em nenhuma lista de piores sequências. Tudo é muito ruim, das armaduras com mamilos ao "Batcard", o cartão de crédito do Batman. Como se tudo isso não bastasse, resolveram transformar a Batgirl em sobrinha do mordomo Alfred e colocar a Alicia Silverstone para fazer o papel.
É tão ruim que chega a "dar a volta" e vira uma divertida comédia involuntária. Ed Wood ficaria orgulhoso do Schumacher.
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